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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

SAIBA UM POUCO MAIS SOBRE A HISTÓRIA COMO CIÊNCIA

Índice

História (do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê) é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas «investigações» de Heródoto, cujo termo em grego antigo é Ἱστορίαι (Historíai). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes.

O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes períodos: Pré-História e História.

Os historiadores usam várias fontes de informação para construir a sucessão de processos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas (História oral) e achados arqueológicos. Algumas abordagens são mais frequentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos (o historiador procura, no presente, respostas sobre o passado, ou seja, é influenciado pelo presente). (veja historiografia e História da História).

Os eventos anteriores aos registos escritos pertencem à Pré-História e às sociedades que co-existem com sociedades que já conhecem a escrita (é o caso, por exemplo, dos povos celtas da cultura de La Tène) pertencem à Proto-História.

As concepções da História

As concepções formais da História

Em sua evolução, a História se apresentou pelo menos de três formas. Do simples registo à análise científica houve um longo processo. São elas:

  • História Narrativa ou Episódica - O narrador contenta-se em apresentar os acontecimentos sem preocupações com as causas, os resultados ou a própria veracidade. Também não emprega qualquer processo metodológico.
  • História Pragmática - Expõe os acontecimentos com visível preocupação didáctica. O historiador quer mudar os costumes políticos, corrigir os contemporâneos e o caminho que utiliza é o de mostrar os erros do passado. Os gregos Heródoto e Tucídides e o romano Cícero ("A Historia é a mestra da vida") representam esta concepção.
  • História Científica - Agora há uma preocupação com a verdade, com o método, com a análise crítica de causas e consequências, tempo e espaço. Esta concepção se define a partir da mentalidade oriunda das ideias filosóficas que nortearam a Revolução Francesa de 1789. Toma corpo com a discussão dialética (de Hegel e Karl Marx) do século XIX e se consolida com as teses de Leopold Von Ranke, criador do Rankeanismo, o qual contesta o chamado "Positivismo Histórico" (que não é relacionado ao positivismo político de Augusto Comte) e posteriormente com o surgimento da Escola dos Annales, no começo do século XX.
  • História dos Annales (Escola dos Annales) - Os historiadores franceses Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram em 1929 uma revista de estudos, a "Annales d'histoire économique et sociale",[1][2] onde rompiam decididamente com o culto aos heróis e a atribuição da ação histórica aos chamados homens ilustres, representantes das elites. Para estes estudiosos, o cotidiano, a arte, os afazeres do povo e a psicologia social são elementos fundamentais para a compreensão das transformações empreendidas pela humanidade.

As concepções filosóficas da História

Ainda no século XIX surgiu a discussão em torno da natureza dos fenómenos históricos. A que espécie de preponderância estariam ligados? Aos agentes de ordem espiritual ou aos de ordem material? Antes disso, a fundamental teológica fez uma festa na mente cordata do povo.

  • Concepção Providencialista - Segundo tal corrente, os acontecimentos estão ligadas à determinação de Deus. Tudo, a partir da origem da terra, deve ser explicado pela Providência Divina. No passado mais remoto, a religião justificava a guerra e o poder dos governantes. Na Idade Média Ocidental, a Igreja Católica era a única detentora da informação e, naturalmente, fortificou a concepção teológica da História. Santo Agostinho, no livro "A Cidade de Deus", formula essa interpretação. No século XVII, Jacques Bossuet, na obra "Discurso Sobre a História Universal", afirma que toda a História foi escrita pela mão de Deus, E no século passado, o historiador italiano Césare Cantu produziu uma "História Universal" de profundo engajamento providencialista.
  • Concepção Idealista - Teve em Georg Wilhelm Friedrich Hegel, autor de "Fenomenologia do Espírito", seu corporificador. Defende que os factos históricos são produto do instinto de evolução inato do homem, disciplinado pela razão. Desse modo, os acontecimentos são primordialmente regidos por ideias. Em qualquer ocorrência de ordem económica, política, intelectual ou religiosa, deve-se observar em primeiro plano o papel desempenhado pela ideia como geradora da realidade. Para os defensores dessa corrente, toda a evolução construtiva da humanidade tem razão idealista.
  • Concepção Materialista - Surgiu em oposição à concepção idealista, embora adoptando o mesmo método dialéctico. A partir da publicação do Manifesto Comunista de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels lançam as bases do Materialismo Histórico, onde argumentavam que as transformações que a História viveu e viverá foram e serão determinadas pelo factor económico e pelas condições de vida material dominantes na sociedade a que estejam ligadas. A preocupação primeira do homem não são os problemas de ordem espiritual, mas os meios essenciais de vida: alimentação, habitação, vestimenta e instrumentos de produção. No prefácio de "Crítica da Economia Política", Karl Marx escreveu: "As causas de todas as mudanças sociais e de todas as revoluções políticas, não as devemos procurar na cabeça dos homens, em seu entendimento progressivo da verdade e da justiça eternas, mas na vida material da sociedade, no encaminhamento da produção e das trocas".
  • Concepção Psicológico - social - Apoia - se na teoria de que os acontecimentos históricos são resultantes, especialmente, de manifestações espirituais produzidas pela vida em comunidade. Segundo seus defensores, que geralmente se baseiam em Wilhelm Wundt ("Elementos de Psicologia das Multidões"), os factos históricos são sempre o reflexo do estado psicológico reinante em determinado agrupamento social.

Documentos e fontes históricas

Não se passa pela vida sem deixar marcas. Um objecto, uma canção, uma hipótese formulada… são traços da passagem do homem. "Todo e qualquer vestígio do passado, de qualquer natureza", definem o documento histórico. Quantas vezes, porém, não foram tentadas a falsificação de documentos históricos? Heróis fictícios, peças com atribuições alteradas de origem, tempo e uso, informações sem fontes… muitas e tantas danações dos que querem moldar a história aos seus caprichos. Por isso existe uma ciência especial, a Heurística, só para cuidar da verificação e investigação da autenticidade das fontes históricas.

Sobre fontes e documentos é feita a crítica histórica:

  • Crítica Objectiva - Verifica o valor extrínseco, externo de um documento; se é original ou apenas uma cópia.
  • Crítica Subjectiva - Verifica o valor intrínseco, interno, de um documento. É um trabalho especializado, comparativo, que só pode ser realizado pelas ciências auxiliares da História: Arqueologia (estuda ruínas, objetos antigos); Paleontologia (fósseis); Heráldica (emblemas e brasões); Epigrafia (inscrições lapidares); Numismática (moedas); Genealogia (linhagens familiares); Paleografia (estudo da escrita antiga)

A era cristã e a divisão da História

A referência de maior aceitação para se contar o tempo, actualmente, é o "nascimento de Cristo". Mas já houve outras referências importantes no Ocidente: os gregos antigos tinham como base cronológica o início dos jogos olímpicos; os romanos, a fundação de Roma. Ainda hoje, os árabes contam seu tempo pela Hégira, a emigração (não fuga) de Maomé de Meca para Medina.

Referências Bibliográfica

  1. CAIRE-JABINET, Marie-Paule (2003) "Introdução à Historiografia". São Paulo: EDUSC. p. 118.
  2. Hughes-Warrington, Marnie (2002) "50 Grandes pensadores da História". São Paulo: Contexto. p. 31.
  3. LEGOFF, Jacques (1976) "História:novos objetos". Rio de Janeiro: F. Alves. p. 71.
  4. BORGES, Vavy Pacheco Broges. O que é história. 14ª ed. São Paulo: editora Brasiliense, 1989. p.47. (Coleção primeiros passos).
  • AGUIRRE ROJAS, Carlos Antonio. Os Annales e a historiografia francesa: tradições críticas de Marc Bloch a Michel Foucault. Maringá: EDUEM, 2000.
  • BARROS, José D'Assunção. O Campo da História. Petrópolis: Vozes, 2009, 6a edição. [1]
  • BURKE, Peter. A Escola dos Annales. 1929-1989. São Paulo: Edit. Univ. Estadual Paulista, 1991.
  • COSTA, Ricardo da. "Para que serve a História? Para nada…". In: NetHistória (ISSN 1679-8252) [2]
  • COSTA, Ricardo da. "O conhecimento histórico e a compreensão do passado: o historiador e a arqueologia das palavras". In: ZIERER, Adriana (coord.). Revista Outros Tempos, São Luís, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), volume 1, 2004 (ISSN 1808-8031). [3]
  • DOSSE, François. História a prova do tempo: da história em migalhas ao resgate do sentido. São Paulo: Editora da UNESP, 2001.
  • LE GOFF, Jacques. História e memória. São Paulo: Editora da UNESP, 1992.
  • Super Interssante, Pag 09. Modos de ver a História : As Visões dos historiadores mais importates do século XXI. São Paulo: Editora Abril, 2007.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

MAIS UMA DAS BELEZAS DE ANGOLA" HUÍLA" NÃO APROVEITADA PARA O TURISMO

Beleza que Angola possui, mais pouco explorada




Até houve tempo para uma competição de natação







segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CONHEÇA UM POUCO A BELEZA DE ANGOLA "O TCHIVINGUIRO" HUÍLA

Minutos antes da partida para o Tchivinguiro

Chegamos tão tarde a paragem e pegamos um taxe, mais do que lotado

35 minutos depois estavamos na localidade do Tchivinguiro


O por do sol, dispertou-me a atenção e saquei uma foto


Em pleno mirador, onde tudo era visivel


Um banho no lago não é nada mal





Uma carona, infelizmente o nosso Land Rover, avariou e tinhamos que dar um empurrão



Não há carona, então temos que andar





Uma paragem para refrescar


Chegamos ao destino, a gruta, ou conhecida também como Nascente


Um pequeno acidente mais não grave, o cota Nando escorregou e caiu na nascente e teve um pequeno ferimento.



Dentro da Gruta, com mais de 50 metros de distância



O riacho com uma água cristalina convidou-nos para um mergulho



Até a próxima viagem a qui no nosso blog, gostaste da viagem acho que sim, qualquer dica sobre Angola ou África não exites em mandar para podermos publicar..

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

CONHECENDO UM DOS LUGARES TURISTICO DA CIDADE DO LUBANGO" CRISTO REI"


Um passei por Lubango, a pé


De longe conseguiamos ver a estatua do Famoso Cristo Rei


Eu Jony e o Cativa pensamos e começamos um passeio a pé até ao Cristo Rei, e esta imagem é uma paragem para contemplar o belo



Mesmo com as estradas malaikes, nós não paramos de marchar e seguimos o caminho até ao alvo.



As quatros árvores que dão uma imagem fabuloso

Uma vista de cima das montanhas, da imagem da cidade do Lubango.


Cativa e uma namibiana, que estavam de passagem por Angola, esta jovem, perguntou-nos se as faculdades em Angola funcionam depois de momento de guerra que o país teve, parece que há pouca informaçao sobre o crescimeto de Angola pois que prova é a Namibiana que interrogou-se sobre o ensino superior em Angola.


A cidade bem atraz d mim, num buraco enorme

Cativa, frente a frente com a famosa estátua do Cristo Rei.


Eu Jony Culo a desfrutar do sítio bem visitado, por muitos que não são angolanos, vindo de bem longe, até Angola para ver de perto o famoso Cristo Rei....


Dois irmãos gêmios, com nomes engraçados, os dois chamam-se Victor, nunca tinha visto coisa igual, e tapam os buracos da estrada a troco de 10 kz, só que nem todos tenhem o bom humor de reconhecimento....

Apaixonado por ver estes rapazes deu-me um aperto para uma recordação, e mostrar que a velha tradição ainda se faz sentir em muitos lugares de Angola, se queres comprovar, mexe o polso e começa a andar...

Já mesmo no regresso nos encontramos com dois rapazes, pastando gado.